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O programa Nova Indústria Brasil, lançado pelo governo federal, traça metas para o desenvolvimento industrial do país até 2033 e reforça a relevância do setor aeroespacial como indutor de tecnologia de ponta e inovação. Para a AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil), trata-se de um importante passo.
O NIB prevê investimentos públicos da ordem de R$ 300 bilhões em ações de estímulo e fomento, e está dividido em seis eixos. Esses valores serão disponibilizados, segundo o governo, por meio de “linhas específicas, não reembolsáveis ou reembolsáveis, e recursos por meio de mercado de capitais, em alinhamento aos objetivos e prioridades das missões para promover a neoindustrialização nacional.”
O setor aeroespacial ganha destaque na chamada Missão 6 do programa, dedicada ao desenvolvimento de tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais. Seu principal objetivo é alcançar até 2033, por meio de um conjunto de ações, uma autonomia de 50% na produção de tecnologias críticas para o país.
O objetivo dessa Missão é desenvolver os seguintes nichos industriais: energia nuclear, sistema de comunicação e sensoriamento, sistema de propulsão e veículos autônomos e remotamente controlados.
“A AIAB participou ativamente da construção de propostas no âmbito do CNDI [Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial] para o Nova Indústria Brasil, em estreita cooperação com a CNI [Confederação Nacional da Indústria]. As ações previstas no programa representam passo decisivo para impulsionar o desenvolvimento nacional e fortalecer a indústria aeroespacial brasileira”, destacou o presidente da AIAB, Julio Shidara.
“Trata-se de um marco fundamental e inédito que o setor de defesa, no qual está inserido o segmento aeroespacial, tenha recebido tal destaque numa política industrial.”
Novos editais
Como parte do pacote de ações, foram lançadas 11 chamadas públicas da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) com R$ 2,18 bilhões em recursos não reembolsáveis.
Ao todo, estão previstos R$ 66 bilhões em ações de fomento à inovação (entre recursos reembolsáveis e não reembolsáveis) nos próximos quatro anos, parte dos R$ 300 bilhões do NIB. A Finep entrará com R$ 41 bilhões desse total, e o BNDES, com o restante.
A AIAB reitera seu otimismo e seu compromisso em colaborar ativamente para alcançar as metas estabelecidas pelo NIB e contribuir para o fortalecimento da indústria aeroespacial brasileira.
Source: AIAB
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